Life, the world and people teem many mysteries

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... Just one person, one action to change the world and its concepts. We saw this with Gandhi with Napoleon, with Christ / Mohammed, with the election of Lula, with Mrs MPs complained that they killed in the Cemetery of Ferraz and many others. Maybe I have an idea, you have the answer can contain so many seek. This blog wants the participation of everyone, not just us but also comments suggesting topics, writing posts. This is a place for us to think together.

9 de abr. de 2011

E SE TUA INFANCIA FOSSE ASSIM? QUEM VOCE SERIA HOJE? AND IF SO WAS YOUR CHILDHOOD? WHO WOULD YOU TODAY?

   

Uma vez, assisti um filme que agora não lembro o nome mas que toda vez que repassa na TV não deixo de rever. Nele a personagem é um muito bem sucedido consultor de imagem, seus clientes são notórios políticos, super-stars, executivos, a nata da nata. Ele é prepotente, arrogante, controlador, objetivo, rico e solitário e, apesar de viver de avaliar personalidades, identificar situações e criar a melhor imagem para os outros não tem a mínima noção  da própria personalidade, de como age com as pessoas nem de como é sua própria vida. É sagaz e rápido para resolver problemas de relacionamento dos clientes, manipular situações, criar uma imagem pública mas isso é para os clientes não para ele, ele não precisa porque é simplesmente a “última bolacha”.
Numa viagem a negócios, a vizinha de poltrona puxa conversa, ele “muito solicito e amigável” manda- a calar. Ela comenta a forma “gentil” dele e pergunta se pode fazer alguma coisa por ele, porque, certamente, alguém assim deve precisar muito de alguma coisa. Ele NUNCA precisa de algo, ele tem tudo que quer “Quer ver? o que você faz?”  “Estou indo assumir um noticiário na TV de..” “Então corte o cabelo, mantenha teu sotaque interiorano que será tua marca pessoal, nunca use terninhos ou similares assim em 6 meses estará no noticiário das 8. Agora, mostrei que sou eu que posso dar algo aqui, me deixa em paz”.
Quando volta da viagem, começa a ver coisas em casa que estão fora do lugar. Impossível, afinal mora sozinho num duplex fantástico… até que uma noite ouve movimento na casa, julga ser um ladrão..e vê na SUA sala, um garoto assistindo TV e comendo pipoca!!!
Não contarei o final, afinal alguém pode querer ver (vale muito !!! É com o Tom Hanks) O menino não sabe como foi parar lá e não sabe de onde veio. Ele o manda embora mas o menino de 11 anos simplesmente fica. No decorrer do filme ele tenta várias formas de se desfazer(!) do menino. Numa cena, ele no bar encontra a moça do avião, conta da “visita” que ele não consegue por pra fora e no decorrer da conversa a moça lhe diz: “O quê eu diria  aquela menininha que sonhava ser bailarina, casar com o mais lindo vestido do mundo? Eu lhe diria que continuasse sonhando, que o futuro dela seria lindo. Por que lhe dizer que ela jamais estudaria balé porque não haveria dinheiro para uma escola, que ela chegaria aos 40 sem encontrar ninguém com quem casar, que seria solitária, num emprego que mantém só pelo dinheiro mas que a faz imensamente infeliz? São os sonhos daquela menina que ela já foi que ainda lhe dá forças para seguir em frente. Não somos nós que podemos salvar nossas crianças, são elas que nos salvam”  
Resolvi partilhar esse tema hoje, com vocês. Nossa humanidade é a capacidade de sonhar, acreditar sem restrição nos outros, amar incondicionalmente, se entregar naturalmente, confiar naqueles que nos protegem, fascinar- se a cada descoberta, ser um curioso desbravador do mundo. Isso, não é nenhuma teoria pueril, nem da teoria de Rousseau. Se lembrarmos do nosso passado mais distante ou se perguntarmos a parentes próximos de como éramos na mais tenra idade ou se olharmos para as crianças em idade pré-escolar ou nossos filhos, poderemos observar e entender.
Quem  sonhávamos  ser ?
Como  seria  nosso  futuro ?

Em  que  ponto  da  Vida  desviamos  tanto ?
Em que momento deixamos de lembrar, desistimos, colocamos na categoria dos “devaneios de criança”? O quê sobrou daquela vontade de se lançar, de descobrir… e, principalmente, da capacidade de amar irrestritamente, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza (sei, esse é voto de casamento! mas é dito exatamente porque Amor é isso, companheirismo e cumplicidade não só nos momentos de diversão, fartura e bom humor, o Amor vence até TPM!!!)
Nossas crianças nos salvam, com a lembrança de um passeio, naquele brinquedo guardado no armário, naquela foto de dia especial. É na infância que se forma nossa segurança, nossa fé, nossa auto-estima, nossa  auto imagem, nossa confiança em nós mesmo e nos outros, nossa personalidade e nossa forma de relacionamento com os sentimentos e com o mundo.
Se, na infância, quando nosso mundo são nossos pais, eventuais irmãos e nossa casa (mesmo se já freqüenta a escolinha, esse é um mundo paralelo basta pensar: uma criança quer ter mais a aprovação da mãe ou da “tia”? do “tio”  da Kombi ou do pai?etc). Uma criança que tem várias demonstrações de afeto, de aceitação (não exclui, ao contrário, as broncas, orientação e castigos enfim educação!), que é ouvida e pode conversar, que é compensada pelos bons feitos através de um elogio, que tem sua saúde cuidada, que é orientada paras as situações imediatas e futuras, certamente terá um crescimento saudável, saberá que em qualquer idade poderá recorrer aos pais, não para pegar dinheiro mas para partilhar problemas, pedir orientação. Será um adulto confiante e mesmo que não consiga,  sempre estará “correndo” atrás do que quer, porque é seguro, tem auto-estima e sabe que merece e pode chegar na medida do esforço que empreender.
Mas e as crianças que  nascem em lares desfeitos e mantidos por formalidade? Ou aquelas que nascem em lares violentos, ou de drogas, ou de total apatia ou indiferença? Pode ela ser igual as outras? Será ela um adulto igual ao que falamos? Dá para imaginar o que se passa na cabeça e no coração dessa criança vendo seus pais, sua referencia emocional, de amor e do mundo, se “estapiando”? Ser elogiada apenas quando fica calada, sentada no canto? Que sofre agressão “civilizada” de cinta? Que, se machucando, recebe apenas um “quando casar sara” ou similar. E as crianças que ainda teêm de cuidar dos irmãos, assumindo um papel de cuidado e proteção por crianças da mesma idade e necessidades? Tais crianças, além de deixarem de ser crianças, geralmente não podem partilhar essa vivencia nem mesmo com parentes próximos, por ameaça ou terem dificuldade de falar mal dos próprios pais.
Aí  a pergunta:  Podem dar o mesmo fruto árvores tão diferentes?
Alguns ditos populares são interessantes e dão algumas diretrizes como ponto de partida para pensarmos sobre a formação e os limites humanos. Um diz: ”pau que nasce torto…” e o outro: “quem planta vento, colhe tempestade”. Olhando assim, não faz o menor sentido com o tema em questão mas ambos falam que, o que for feito lá atrás determina o que  surgirá lá à frente.
O primeiro dito é um pouco mais fatalista… parece indicar que já nascemos determinados a sermos “tortos” ,  não há solução, alguns já nascem com “defeito de fábrica”, nem uma mãe carinhosa, um pai afetuoso, família amorosa, boas escolas, nada, absolutamente nada, pode-se fazer por “aquela pobre Alma”,  nascida assim, inexplicavelmente, para o infortúnio, para ser uma pária, uma deslocada, uma rebelde.E, sendo ela nascida assim “tão torta” a “culpa” de seu futuro é apenas dela, é inevitável, então porque gastar- se tempo com ela? Vamos deixá- la de lado, distante do nosso horizonte grandioso. Não importa se é apenas uma criança ou adolescente e somos os pais.
Aí temos também o “quem planta vento…” Hoje, a criminalidade cresce a olhos vistos. O maior crescimento é entre adolescentes. Não é mais o adolescente que faz parte do grupo para “segurar” o delito, são gangues de adolescentes. O aumento do crack não precisamos comentar, pois é notório. O que antes era só “de pobre” agora foi socializado, todo mundo tá dentro.
O número de adolescentes em tratamento psiquiátrico também aumentou: depressão, síndrome do pânico, bulimia e outros. O inicio da vida sexual baixou e encontramos  meninas de 10 anos com vida sexual ativa!!!
Quem planta vento… Quantas dessas crianças são fruto das situações familiares acima? Que não tiveram tempo e condições de serem crianças no puro significado disso? Não  porque optaram por isso mas por terem recebido apenas isso. Fora as que, de tanta baixo-estima,  insegurança e medo, mesmo já adultas, tentam esconder dos outros o que passou e o que se tornou, fingem ser “normais” levando a infância triste e tumultuada apenas dentro de si e se tornam incapazes de amar, confiar em si e nos outros.
Acho que uma forma de desenvolvermos nossa humanidade seria lembrarmos que somos fruto do meio e quando um delinqüente for pego não olharmos apenas seu rosto mas o que e como ele se tornou o que é. Uma criança de 2 anos que assiste a morte da mãe, pelo pai, com 27 facadas, não é morto porque se esconde vendo o pai “caçá-lo, tem o pai preso e, por falta de parentes, vai morar na rua. Com 14 anos assiste o assassinato dos amigos (sua família desde os 2 anos) e só não morre porque sabe correr, outra vez fica só na rua. Para entrar em um novo grupo tem de “experimentar” crak e se vicia. Com 18 anos resolve sair da rua e conseguir um emprego. Ele é um forte, um sobrevivente.!!!  Mas ninguém dá emprego a morador de rua e analfabeto. Quando ele desesperado resolve chamar a atenção, num ato desesperado de pedido de ajuda, talvez porque vê que não tem mais força, nem a quem pedir, pede que quer emprego, só quer trabalhar… mas teve de chamar a atenção de uma sociedade que odeia aqueles que não lhe são iguais. E chamou a atenção no 147, disse aos policiais que só queria trabalho, não matou  nem feriu NINGUÉM… foi morto ao vivo e a cores, dentro do camburão, por um policial da mesma policia que não foi capaz de colocá-lo em uma instituição, quando ele tinha 2 anos e o largou a própria sorte, após prenderem o pai.
Por isso fico muito incomodada, se  tua  infância  tivesse  sido  a  dele . . você  seria  o  que  é  hoje ?  
Há pessoas, que não tem nenhuma criança para lhe salvar, onde ela possa recorrer quando tudo parece tão difícil, simplesmente porque não a deixaram nascer, sobreviver.

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